sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Assim como médicos do município de Natal, médicos de Caucaia/CE paralisam atividades

10/09/2010

Os médicos do município de Caucaia, no Ceará,vão parar suas atividades a partir da próxima quinta-feira, 16 de setembro. A decisão foi tomada durante assembleia geral da categoria, realizada na noite da última quinta-feira (9), no auditório do Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará (SIMEC). Os médicos reivindicam que a prefeitura envie à Câmara de Vereadores de Caucaia, o projeto que estabelece o Plano de Cargos, Carreiras e Salários da categoria. Após mais de um ano de negociação, em maio de 2010, o Plano foi concluído, com o aval do próprio prefeito Washington Góis. No entanto, até agora, não foi enviado para a apreciação dos vereadores.

Revoltados com esta situação, e recebendo um salário base de R$ 600,00, os médicos de Caucaia garantem que só voltam ao trabalho após a aprovação do PCCS pela Câmara Municipal e a sua imediata implantação. "O prefeito quer fazer a gente de bobos", disseram. "Não temos mais o que negociar, porque o plano está pronto".

A decisão de começar a greve só na próxima quinta-feira (16.09) é para dar tempo de cumprir todos os tramites legais de um movimento grevista, que exige um prazo de 72 horas para iniciar a paralisação a partir da realização da assembléia da categoria. Enquanto estiverem em greve só serão atendidos os casos de urgência e emergência. A assembléia realizada na última quinta-feira (9) foi comandada pelo presidente do SIMEC, José Maria Pontes, que colocou o Sindicato a disposição do movimento.

Abono

Entendendo os baixos salários dos médicos, o prefeito Góis sancionou, no dia 09 de outubro de 2009, a lei n° 2.072/2009, concedendo abono compensatório provisório, no valor de 150% sobre o vencimento base, aos médicos servidores do município, até que entre em vigor o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) destes profissionais. "Inicialmente, o PCCS foi prometido para janeiro de 2010. Depois, garantiram que a implantação seria em abril. Já estamos em setembro e até agora nada", protestou José Maria Pontes.

Os médicos estão revoltados e muitos cogitam até pedir demissão. "Não podemos continuar trabalhando para ganhar um vencimento base de R$ 600,00 por 20 horas de trabalho semanal", afirmaram. Com todas as gratificações e mais o abono de R$ 900,00 os médicos ficam com um salário bruto de apenas R$ 2.700,00. O pior, é que os médicos aprovados em concurso recente, não foram contemplados com o abono, percebendo em torno de R$ 1.500,00.

Fonte : SIMEC
Via http://portal.fenam2.org.br

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