sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Resultado eleições CANECA Gestão 2010-2011

A todos os alunos do curso de medicina da UFRN, segue abaixo a Ata de Eleição que trata da votação de 16/09/10.

Ziraldo Gomes Holanda Melo
Presidente da Comissão Eleitoral.

ATA DE ELEIÇÃO

As votações para a eleição para os cargos de coordenação do CANECA (Centro Acadêmico Nelson Chaves) realizadas hoje, dia 16 de setembro de 2010, das 8 horas às 17 horas, elegeram a chapa “Não acomodar com o que incomoda” para a gestão 2010/2011.
A eleição contou com 210 votos distribuídos da seguinte forma:
·         42 votos na urna do CB, sendo:
§  40 votos na chapa 1
§  2 votos nulos
·         168 votos na urna do HUOL, sendo:
§  161 votos na chapa 1
§  6 votos nulos
§  1 voto em branco
·         Dando um total de:
§  201 votos na chapa 1
§  8 votos nulos
§  1 voto em branco
Desse modo, ficam respeitadas as normas que estabelecem em 30% a participação mínima de votantes dentro da comunidade acadêmica dos estudantes de medicina da UFRN e em 50% + 1 o número de votos na chapa vencedora (dentro dos 30% acima citados).
Participaram da contagem e conferência dos votos:
 §  Augusto da Mota Passos Filho
 §  Eduardo Teodoro
 §  Juliana Silva Barros
 §  Júlio César Candeias da Silva
 §  Mirna Cavalcante Gurjão
 §  Pâmera Medeiros da Costa
 §  Ziraldo Gomes Holanda Melo


Ziraldo Gomes Holanda Melo
Presidente da Comissão Eleitoral

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Ministério da Saúde incentiva "pré-natal masculino"

Médicos do SUS orientam pais a realizarem exames durante gestação da parceira. Nesta terça-feira, ministro Temporão participa de seminário internacional, em Brasília
Depois de ampliar o acesso da população masculina à rede de saúde, a Política Nacional de Saúde do Homem – que este ano completa um ano – tem agora um novo desafio. Paralelamente às ações de incentivo ao aumento da quantidade de procedimentos urológicos no Sistema Único de Saúde (SUS) – como exames e cirurgias de próstata, vasectomia e fimose – a Política vai estimular os futuros pais a fazerem um check up durante o pré-natal da parceira.

A ideia é que os profissionais de saúde aproveitem o momento em que o homem está mais sensível – às vésperas de ser pai – para incentivá-lo não só a acompanhar as consultas durante os nove meses de gestação da parceira como também a realizarem exames preventivos. O princípio é: ele precisa se cuidar para cuidar da família. “É uma estratégia que estamos difundindo entre as secretarias municipais de Saúde”, informa José Luiz Telles, diretor do Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas (Dapes) do ministério, área responsável pela Coordenação de Saúde do Homem.

Às 18h desta terça-feira (14), em Brasília, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, encerra o I Seminário Internacional de Saúde do Homem nas Américas. Promovido pelo ministério, o encontro começou segunda-feira (13), no Palácio do Itamaraty. O objetivo é estabelecer uma agenda comum de cooperação internacional para estimular os homens a se envolverem nos cuidados preventivos com a saúde.
Participam do seminário autoridades e especialistas do Brasil e de mais 14 países. Durante o encontro, também serão apresentados exemplos de ações positivas implementadas no país com o objetivo de atrair os homens aos serviços de saúde.

EXEMPLOS – O Ministério da Saúde apoia diferentes iniciativas locais de “pré-natal masculino”. Em Ribeirão Preto (SP), profissionais do Hospital Universitário da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) incentivam os futuros pais a realizarem exames para diagnóstico precoce e tratamento de doenças que podem afetar a saúde da mulher e, por consequência, a do bebê.

As ações são desenvolvidas no campus da USP em Ribeirão Preto. O principal objetivo é combater Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), por meio de exames de sífilis, HIV e hepatites virais B e C. Na oportunidade, médicos também diagnosticam hipertensão arterial, diabetes e colesterol. Além disso, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Ribeirão Preto promovem reuniões mensais com os casais para informá-los sobre as alterações que podem ocorrer com a mulher e entre o casal durante a gravidez e o nascimento do filho.

“Consciente dessas mudanças, o homem tende a ficar mais compreensível com a parceira e entender melhor seus próprios sentimentos – o que reduz, inclusive, a violência doméstica”, destaca o diretor da faculdade de medicina da USP em Ribeirão Preto, Geraldo Duarte, responsável pela implementação do projeto no município. “Com isso, aumenta-se o vínculo entre a gestante e o companheiro e também entre ele e o filho”, completa.

Para realizar o trabalho com os homens, os médicos do hospital universitário foram capacitados a abordá-los de maneira acolhedora. A mulher é convocada a ir com o parceiro à primeira consulta do pré-natal, quando o médico prescreve exames para o homem e o convida a participar das reuniões de esclarecimentos e orientações.

Em Várzea Paulista (SP), a Secretaria Municipal de Saúde desenvolve um programa semelhante. Mas, com um diferencial: a realização de oficinas para os homens aprenderem a cuidar do bebê. Campinas também usa a estratégia. E em São José do Rio Preto (SP), o “pré-natal masculino” está previsto em lei municipal.

No Rio de Janeiro (RJ), a Secretaria Municipal de Saúde promove ações junto aos médicos da rede pública para que eles estimulem os futuros pais a cuidarem da saúde. O projeto foi batizado de Unidade de Saúde Parceira do Pai e tem como foco a sensibilização das unidades de saúde para que, gradativamente, elas ampliem as oportunidades de envolvimento e preocupação dos homens com a saúde deles e da família.

DOENÇAS – Considera-se que, por motivos culturais, os homens têm mais resistência a procurarem cuidados médicos e terem atitudes preventivas com relação a problemas de saúde. Segundo estudos do Ministério da Saúde, a população masculina geralmente procura os serviços de saúde por meio da atenção especializada, já com o problema de saúde detectado e em estágio de evolução.

Muitos deles também não seguem os tratamentos recomendados. Indicadores mostram que os homens têm hábitos de vida menos saudáveis e estão mais suscetíveis a fatores de risco para doenças crônicas.

“Eles utilizam mais álcool e outras drogas em maior quantidade do que as mulheres, não praticam atividade física com regularidade e se alimentam pior. Estão também mais expostos a acidentes de trânsito e de trabalho. Por isso, apresentam mais problemas de saúde do que elas e vivem, em média, 7,6 anos menos”, explica o diretor José Luiz Telles.

As internações de homens por transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de álcool representam 20% de todas as internações no SUS. Eles apresentam, entre outros problemas, mais doenças cardiovasculares, colesterol elevado, diabetes e hipertensão.




Via link: http://portal.saude.gov.br/portal/aplicacoes/noticias/default.cfm?pg=dspDetalheNoticia&id_area=124&CO_NOTICIA=11704

DCE UFRN comunica - Paralisação dos bolsistas!!!!

domingo, 12 de setembro de 2010

Paralisação dos bosistas!

Por uma nova cultura política de Estágio!
Dessa luta não me retiro!

A UFRN conta com mais de 5000 estudantes bolsistas, que atuam em diferentes segmentos da universidade. Sem a colaboração desses estudantes não só a pesquisa estaria prejudicada, mas o funcionamento geral da universidade ficaria comprometido. Com o REUNI muitas bolsas foram criadas, isso é uma conquista para discentes, porém há uma desvirtuação de muitas bolsas em especial as de apoio técnico.

Segundo a resolução CONSEPE de 1986 que regulamenta o apoio técnico, sua função é de auxiliar estudantes a formação acadêmica com uma jornada de 12h semanais. Porém vivemos uma situação de precarização total da atividade de apoio técnico, em reunião com os diversos setores identificamos:

-Bolsistas desempenhando funções sem nenhuma orientação pedagógica;
-Sobre carca de até 12h diárias de trabalho;
-Assedio Moral;
-Péssimas condições de trabalhos;
-Rebaixamento de carga horária como punição por uma falta, sem ao menos o RH comunicar-se com o/a estudante;

Diante disso nós convidamos a toda a comunidade acadêmica a participar de uma paralização no dia 15 de Setembro às 9:30m no Centro de Convivência, em seguida seguiremos em marcha até a reitoria onde entregaremos nossa pauta de reivindicação.

- Pelo cumprimento da resolução de 12h semanais – SEM REDUÇÃO DA BOLSA;
- Por uma orientação pedagógica em todas as funções!
- Pela garantia da lei de estagio (férias e vale transporte)!
- Por uma política de estágio que complemente nossa formação e não se resuma a política de precarização do trabalho e exploração.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Abaixo-assinado: pelos direitos dos médicos residentes

10/09/2010

Pelos direitos dos médicos-residentes.

No Brasil, atualmente, existem cerca de 22 mil médicos-residentes, que são responsáveis por aproximadamente 70% dos atendimentos feitos no Sistema Único de Saúde (SUS). Estes jovens médicos que realizam capacitação em serviço compõem um dos segmentos profissionais de menores garantias de condições de trabalho adequadas. Cumprem jornada legal de 60 (sessenta) horas, em contraste à jornada de 44 (quarenta e quatro) horas das demais classes trabalhadoras, e muitas vezes tem esse limite máximo previsto em lei largamente ultrapassado, realizando jornadas de mais de 100 (cem) horas por semana. Sob a alegação de receberem bolsa-auxílio, e não salário, não têm direito a FGTS, gratificação natalina (13ª bolsa), auxílio insalubridade, licença maternidade de 180 dias, bem como não possuem uma data anual prevista para reajuste de sua remuneração. Em contrapartida, apesar de não gozarem de tais direitos trabalhistas, são obrigados a recolher INSS e a pagar Imposto de Renda, diferentemente de outros bolsistas.

Historicamente, as condições de trabalho e remuneração vem piorando, e qualquer recomposição das bolsas, inegavelmente justas, só são obtidas após longos e desgastentes movimentos de greve promovidos pelos médicos-residentes. Em 2006, quando houve o último reajuste da bolsa-auxílio após 4 anos, o governo federal prometeu nova reposição em 23,7%, que nunca foi paga.

Em virtude do exposto acima, desde o dia 17 de agosto de 2010 os médicos-residentes de todo o Brasil entraram em greve nacional, em defesa de melhores condições, a saber: o que inclui um reajuste de 38,7%, correspondente ao pagamento da reposição prometida em 2007 acrescentado de correção inflacionária pelo IGPM (Índice Geral de Preços do Mercado), gratificação natalina, auxílio moradia e alimentação, adicional de insalubridade, licença maternidade de 180 dias, e data anual para reajuste da bolsa. O governo federal propôs um incremento de 20% na bolsa auxílio a partir de 2011 e a licença maternidade de 180 dias, porém negou conceder todos os demais direitos citados. Tal oferta foi rejeitada pelos médicos residentes, que elaboraram a contra-proposta de reajuste imediato em 28,7%, e de 10% em setembro de 2011, além dos demais direitos reivindicados. O governo federal, na figura do Ministro Fernando Haddad, negou-se, desde então, a negociar novamente com os residentes.
Vale ressaltar que esta paralisação conta com adesão ampla e apoio de diversas entidades médicas e da sociedade civil, como o Conselho Federal de Medicina e a Federação Nacional dos Médicos. Além disso, é conduzida com responsabilidade profissional e cívica pelos residentes, que mantem suas atividades em setores de urgência e emergência nos hospitais, o que vem rendendo elogios quanto à sua postura ética junto a essas entidades e à população.

Nós, abaixo-assinados, reconhecemos a grande importância dos médicos-residentes e sensibilizamo-nos com as péssimas condições de trabalho que atualmente enfrentam. Portanto, conclamamos às autoridades que se imbuam do mesmo senso ético e de cidadania desse grupo de médicos e adotem as medidas necessárias para contemplar suas justas reivindicações.

Assim, endereçamos:

à Presidência da República,

1. que oriente os Ministros da Saúde e da Educação a conceder os benefícios devidos aos médicos residentes e que se disponham a com eles negociar;
2. que sancione os projetos de lei que venham a ser aprovados em benefício dos médicos-residentes;

ao Ministro da Educação Fernando Haddad,

3. que seja sensível à grave situação enfrentada pelos médicos-residentes e realize negociações diretas com o Comando de Greve;
4. que aprovem reajuste da bolsa-auxílio, imediatamente, para o valor de R$ 2.658,11 (dois mil, seiscentos e cinquenta e oito reais e onze centavos);

aos Parlamentares do Congresso Nacional,

5. que aprovem em Plenário os seguintes Projetos de Lei:
a. PL 7.567/10, do deputado Vilson Covatti (PP), que fixa o valor da bolsa auxílio de médico residente em R$ 2.658,11;
b. PL 7.064/10, do deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) que visa estabelecer uma revisão anual do valor da bolsa de residentes;
c. PL 6.146/09, do deputado Arlindo Chinaglia (PT/SP), que assegura gratificação natalina aos médicos-residentes;
d. PL 7.328/10, do deputado Vilson Covatti (PP/RS), que estabelece auxílio-alimentação e auxílio moradia;
e. PL 7.055/10, do deputado Arlindo Chinaglia (PT/SP), que assegura à médica-residente licença-gestante pelo período de cento e oitenta dias.

Assine o abaixo-assinado
Fonte : ANMR
Via http://portal.fenam2.org.br

Assim como médicos do município de Natal, médicos de Caucaia/CE paralisam atividades

10/09/2010

Os médicos do município de Caucaia, no Ceará,vão parar suas atividades a partir da próxima quinta-feira, 16 de setembro. A decisão foi tomada durante assembleia geral da categoria, realizada na noite da última quinta-feira (9), no auditório do Sindicato dos Médicos do Estado do Ceará (SIMEC). Os médicos reivindicam que a prefeitura envie à Câmara de Vereadores de Caucaia, o projeto que estabelece o Plano de Cargos, Carreiras e Salários da categoria. Após mais de um ano de negociação, em maio de 2010, o Plano foi concluído, com o aval do próprio prefeito Washington Góis. No entanto, até agora, não foi enviado para a apreciação dos vereadores.

Revoltados com esta situação, e recebendo um salário base de R$ 600,00, os médicos de Caucaia garantem que só voltam ao trabalho após a aprovação do PCCS pela Câmara Municipal e a sua imediata implantação. "O prefeito quer fazer a gente de bobos", disseram. "Não temos mais o que negociar, porque o plano está pronto".

A decisão de começar a greve só na próxima quinta-feira (16.09) é para dar tempo de cumprir todos os tramites legais de um movimento grevista, que exige um prazo de 72 horas para iniciar a paralisação a partir da realização da assembléia da categoria. Enquanto estiverem em greve só serão atendidos os casos de urgência e emergência. A assembléia realizada na última quinta-feira (9) foi comandada pelo presidente do SIMEC, José Maria Pontes, que colocou o Sindicato a disposição do movimento.

Abono

Entendendo os baixos salários dos médicos, o prefeito Góis sancionou, no dia 09 de outubro de 2009, a lei n° 2.072/2009, concedendo abono compensatório provisório, no valor de 150% sobre o vencimento base, aos médicos servidores do município, até que entre em vigor o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) destes profissionais. "Inicialmente, o PCCS foi prometido para janeiro de 2010. Depois, garantiram que a implantação seria em abril. Já estamos em setembro e até agora nada", protestou José Maria Pontes.

Os médicos estão revoltados e muitos cogitam até pedir demissão. "Não podemos continuar trabalhando para ganhar um vencimento base de R$ 600,00 por 20 horas de trabalho semanal", afirmaram. Com todas as gratificações e mais o abono de R$ 900,00 os médicos ficam com um salário bruto de apenas R$ 2.700,00. O pior, é que os médicos aprovados em concurso recente, não foram contemplados com o abono, percebendo em torno de R$ 1.500,00.

Fonte : SIMEC
Via http://portal.fenam2.org.br

Comissão vai definir critérios para carreira de estado no SUS

Por: Taciana Giesel
Com o objetivo de melhorar a distribuição de profissionais do Sistema Único de Saúde em locais distantes e de difícil acesso, o Ministério da Saúde definiu uma comissão especial para elaborar a proposta de carreira para os profissionais que atuam no SUS. A primeira reunião foi realizada nesta quinta-feira (09/09) e contou com representantes da área médica, odontológica e de enfermagem, além de membros do Conselho Nacional dos Secretários da Saúde (CONASS) e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASSEMS).
De um lado, estão os profissionais da saúde que não se sentem atraídos pelos salários oferecidos nessas regiões mais carentes, e do outro, o Governo, que precisa combater a desassistência à saúde para as populações mais distantes. Agora, juntos, terão 90 dias para debater e criar os critérios que vão embasar a carreira.
“Nós precisamos resolver e enfrentar corajosamente a falta de assistência em áreas longínquas e de difícil acesso. Essa comissão espera construir, de forma dialógica e correta, essa carreira, com vista a um único objetivo, que é prover para a população a assistência que alguns municípios deixam a desejar”, apontou a coordenadora da Comissão, Maria Helena Machado, do Ministério da Saúde.
Os médicos são representados na comissão pelas três entidades nacionais: Federação Nacional dos Médicos, Conselho Federal de Medicina e Associação Médica Brasileira. De acordo com o 2º vice-presidente do CFM, Aloísio Tibiriçá Miranda, a expectativa das entidades é grande, uma vez que a proposta de carreira nacional para os médicos do SUS é luta antiga do movimento médico. Entretanto, na opinião do dirigente, é necessário que as deliberações não fiquem apenas no papel.
“O nosso papel na comissão é que as propostas em relação a essa questão se transformem em realidade. Que o que for deliberado seja efetivamente implantado pelo Ministério da Saúde, que não fique somente um documento sem desdobramentos, como tantos”, ressaltou Tibiriçá.
A Federação Nacional dos Médicos é representada pelo secretário de Formação e Relações Sindicais da entidade, José Erivalder Guimarães de Oliveira, que por motivos pessoais não pode comparecer à primeira reunião.
O próximo encontro está previsto para quarta-feira, 15/09, e contará com a presença do ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
Ouça na rádio FENAM:  Dirigente do CFM fala sobre comissão que cria carreira no SUS

Fonte: Via http://falamedico.wordpress.com

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Estudantes desocupam reitoria da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre na tarde desta quinta (09/09)


Protesto era por instalação um centro acadêmico para o curso de medicina

Mais de cem estudantes que ocupavam desde o início da semana a reitoria da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) deixaram o local na tarde desta quinta-feira. Representantes do movimento foram recebidos pelo vice-reitor Cláudio Augusto Marroni.

O protesto terminou após garantia da reitoria de instalação de espaços para os centros acadêmicos dos cursos da faculdade no novo prédio que está sendo contruído.

Segundo o secretário-geral do Centro Acadêmico Sarmento Leite da medicina da UFRGS, Ariel Camargo, o espaço dos oito centros ficará provisoriamente na sala 104 do prédio da UFCSPA, no Centro.

— Começou como um protesto da medicina, mas se estendeu para os outros cursos. Agora, no novo prédio, será destinado um andar inteiro para o centro de convivência, com uma área comum, e mais oito salas para os centros acadêmicos de cada curso. Tudo no novo prédio que esta sendo construído, ainda sem prazo de conclusão — explicou o estudante.

A medida vale para todos os cursos de graduação da faculdade (Fisioterapia, Enfermagem, Psicologia, Nutrição, Fonoaudiologia, Medicina, Biomedicina e Farmácia). Em assembleia nesta tarde os alunos também fundaram o Diretório Central de Estudantes.

O protesto começou na segunda-feira, durante o XV Encontro Regional dos Estudantes de Medicina (Erem). Participaram da manifestação alunos de outras instituições de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Na Capital, uma das reclamações era de que o curso de medicina estava sem Centro Acadêmico há nove meses, em função das obras de expansão da UFCSPA.
ZEROHORA.COM

Estudantes ocupam reitoria da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)


Foto: divulgação
RS: estudantes ocupam reitoria da Universidade de Ciências da Saúde
Estudantes ocupam a reitoria de forma pacífica


07/09/2010
Um grupo formado por 70 estudantes de medicina ocupou, de forma pacífica, nesta segunda-feira, 06/09, o prédio da reitoria da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). A principal reivindicação é um novo espaço para o Centro Acadêmico XXII de Março. O local onde o funcionava o centro foi demolido no início deste ano pela direção da reitoria para a construção de um prédio. O grupo foi ouvido pelo vice-reitor da UFCSPA, Cláudio Augusto Marroni, que disse aos estudantes que a reitoria não tomará nenhuma medida imediata.

"Tínhamos um espaço de 100 metros quadrados no prédio antigo, demolido no início deste ano. Agora, a sala provisória tem dois metros quadrados. Queremos um local adequado para nossas atividades", afirma o estudante de Medicina Rodrigo Ferrari Zeni, conselheiro consultivo e ex-presidente do Centro Acadêmico XXII de Março.

Os alunos, que participam do XV Encontro Regional dos Estudantes de Medicina (EREM) na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), saíram em caminhada para a UFCSPA, pela Rua Sarmento Leite, ao lado do Complexo Hospitalar Santa Casa, em Porto Alegre. Agora, o grupo está alojado no quinto andar do prédio principal da faculdade.

Alunos de outras instituições do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, que participam do EREM na capital gaúcha, também integram o grupo que ocupou a reitoria. A ocupação deve se prolongar até esta quarta-feira, dia 8.

A Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (Denem) apoia e está presente na ocupação. "Apoiamos o C.A. XXII de Março na ocupação da reitoria e na sua luta pelo direito de livre associação política, que foi arbitrariamente retirado a partir do momento em que demoliram a antiga sede. Os centros acadêmicos e o movimento estudantil sempre cumpriram um importante papel na luta pela democracia na sociedade brasileira e é isso que nós, da Denem, reivindicamos neste momento", acentuou Babington Rodrigo Silva, coordenador regional Sul/1 da executiva da executiva.


Fonte : Comissão de Comunicação da Ocupação da reitoria da UFCSPA com edição de Denise Teixeira

Argentina - estudantes ocupam e resistem

Estudantes Ocupam Colégios em toda Buenos Aires, e Faculdade.
07/09/2010 - Por Diogo Ramalho

Estudantes secundaristas Argentinos há 27 dias, ocuparam 50 colégios em Buenos Aires, 6 seguem ocupados e 26 sob vigília, e no dia 01 de Setembro os estudantes da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Buenos Aires,  decidiram ocupar os 3 prédios depois de uma Assembleia.

A principal revindicação dos estudantes secundaristas é a garantia de uma educação publica de qualidade. Devido a anos de políticas neoliberais para a educação, chegou-se a um nível de sucateamento profundo. As reinvidicações vão desde questões urgentes de reformas na infraestrutura dos colégios à suspensão de expulsões e perseguições por parte do Governo a estudantes.

É exigido também pelos estudantes a renúncia do Governador de Buenos Aires, o corrupto Mauricio Macri, responsabilizado pelo caos em que só se aprofunda a educação portenha. Macri quer privatizar o sistem publico primário e secundário de educação.



O secretário de educação reuniu-se ontem segunda-feira, 06 de setembro, com 50 estudantes representantes de 50 colégios e prometeu mais de 600 obras nas escolas. Os estudantes dizem que a luta continua até que todas as revindicações sejam atendidas. O governo corre com as promessas para por fim às ocupações pois se as mesmas se prolongam, não cumpre-se a lei de 180 dias letivos ao ano e o calendário terá de ser cancelado.



A grande mídia brasileira, claro, até hoje não comentou nada aqui no nosso grande precário Brasil, com sua educação ultra sucateada e agora cada vez mais superlotada. Do nosso lado, em nosso país hermano, os estudantes argentinos se levantaram há 1 mês, e claro, os grandes meios nos privam destas informações e priorizam o que querem os meia duzia de empresários que comandam a comunicação brasileira.


Cambia, todo Cambia”; “Muda,Tudo Muda”; já dizia Mercedes Sosa, a maior cantora Argentina, e eis que depois dos estudantes secundaristas Chilenos pararem o país em 2006 com ocupações e protestos diários, na maior manifestação popular da história daquele país desde 1972, com 600 mil estudantes nas ruas, contra a profunda privatização da educação implantada pela ditadura de Pinochet, a educação no Chile é toda cobrada, o que veio sendo seguido pela “esquerda” chilena nas 2 décadas que esteve no poder, e no inicio do governo de Bachelet, abril de 2006, eis que os secundaristas chilenos se levantaram e exigiram educação pública de qualidade e gratuita.


Agora Agosto de 2010, os jovens secundaristas ocupam os colégios e as ruas, se levantam na capital da Argentina, onde concentra-se 70% da população do país, 18 milhões de habitantes.


Eis que o Movimento Estudantil Secundarista se levanta em 2006 no Chile e agora em 2010 na Argentina. Quando os estudantes secundaristas do Brasil se levantarão?


Vídeo da ocupação da Faculdade de Ciências Sociais da UBA:
http://www.youtube.com/watch?v=NKQnV0ghIDM

e
http://www.youtube.com/watch?v=Ki0i2S1uGfk

Links de matérias sobre as ocupações dos Colégios e Universidade.
http://www.clarin.com/sociedad/educacion/Colegios-rechazan-oferta-oficial-continuan_0_331166965.html
http://www.pagina12.com.ar/diario/elpais/1-152729-2010-09-07.html

Calefacción y política

07/09/10
PorPablo Sigal
Veintisiete días, de los 180 del calendario escolar, cumple hoy la disputa. Lo que empezó como un reclamo de calefacción y techos sanos en algunos colegios se politizó y, en el medio, se perdieron muchas jornadas de clase. La pregunta es por qué aquel “reclamo” inicial se transformó en “disputa”. Demonizar la política suena reduccionista. Es negar los flancos vulnerables que deja el Estado como caldo de cultivo para que voces “incómodas” logren un lugar de consenso entre los alumnos. Ahora, ni las detalladas respuestas oficiales parecen poder frenar la bola de nieve.

El conflicto en SocialesEL PAIS - 07/09/10

Los estudiantes de Ciencias Sociales (UBA) ratificaron que continuará la toma de las tres sedes de la facultad al menos hasta mañana. Los universitarios se movilizaron ayer junto con la columna de los alumnos secundarios, en Paseo Colón al 200. Mientras los secundarios se reunían con el ministro de Educación porteño, Esteban Bullrich, los estudiantes de Sociales discutieron una serie de temas en asamblea, entre ellos el reclamo por el edifico único de la facultad, que se refaccionen las sedes actuales, el cierre de las catorce causas judiciales contra los alumnos procesados, subsidios y becas para apuntes y fotocopias y que no se acrediten los posgrados ante la Coneau. La asamblea estudiantil ratificó la toma de las tres sedes hasta este miércoles a la noche. Mañana por la mañana, los estudiantes marcharán desde las tres sedes al rectorado de la UBA, donde sesionará el Consejo Superior. Los estudiantes de Filosofía y Letras realizarán hoy una asamblea, a partir de las 19, para definir cómo se plegarán a la lucha de los secundarios.

Fonte: Via lista yahoogrupos Direção Executiva Nacional dos Estudantes de Medicina (DENEM)   

Artigo Prof. Edílson Pinto

E daí?!
“A vida é muito curta para ser pequena”
(Benjamim Disraeli)


            É sempre a mesma história. Basta a Mega-Sena acumular para que os telefonemas não parem de tocar: “Edilson, já fez a sua fezinha?”. E a resposta não poderia ser diferente: “Claro que não. Já viu um raio cair duas vezes no mesmo lugar?! Minha ‘Mega-Sena’, eu tirei em 1994... Portanto, duvido que ganhe novamente”.
Pois é caro leitor, só conheço uma pessoa que ganha na Mega-Sena todos os dias, desde 1994, faça chuva ou faça sol: Viviane, minha esposa. Pense numa mulher de sorte. Pensou? Multiplique por mil e eleve a décima quinta potência, aí você terá o resultado de apenas 0,1% da sorte de Viviane. Dizem que quem tem sorte nasce com “aquilo” virado para a lua, então, acredito que Viviane nasceu mesmo toda virada para a lua. Pois, não acredito que exista mulher mais sortuda do que ela.
Mas, a verdade é que nós dois temos sorte – ela muito mais do que eu, é claro... e muito dessa sorte vem do fato de termos um filho maravilhoso. Lucas é uma criança bela, tanto por fora (é a cara do pai), como por dentro. Não é à toa que o considero como o meu sensor anti-vaidade.
O ano era 2005. Estávamos nós três, em Recife. Eu e Viviane brindávamos a defesa de minha tese de doutorado em cirurgia, pela UFPE. Aí Lucas me saiu com essa: “O que vocês estão brindando?”; “Meu filho, seu pai é agora um Doutor de fato!”, respondi cheio de empáfia. Ele olhou-me com espanto e disse: “E daí ser um Doutor?! Você nem sabe falar japonês...”. As palavras de Lucas penetraram, como uma lâmina fria de um bisturi, cortando a catarata de minha alma, que teimava em me manter cego.
Por favor, caro leitor, não me condene. Entenda que como professor de uma instituição de ensino superior, não poderia ter tido um comportamento diferente, afinal, não é lá mesmo, nas universidades, que encontramos as maiores vaidades de vaidades?
Se você acha que o meu caso é único, veja o que aconteceu com o professor João Batista Pinheiro Cabral, quando lecionava na UnB. Certo dia, chegando ao Departamento de história, encontra em todas as portas as mais diversas placas de identificação: “Professor fulano de tal - PHD pela Harvard University; Professor beltrano - Doutor pela University Paris-Sorbonne, etc. etc.” Cada um que colocasse uma titulação maior. Então, o estimado conterrâneo nosso, para não ficar atrás, - já que ele tinha pós-doutorado-, resolveu também fazer a sua placa: “João Batista Pinheiro Cabral – A-L-F-A-B-E-T-I-Z-A-D-O”...
Pois é, meu caro leitor, as universidades estão cheias de “doutores”, mas que são completamente analfabetos para a vida (E o danado é que o MEC considera este aspecto – número de doutores – como o fator mais importante para pontuar uma escola de ensino superior, como excelente ou péssima. Ainda bem que Cristo - e nem Deus-, quiseram ser pesquisadores do CNPq, pois seriam reprovados: o primeiro por nunca ter escrito nada em revista Qualis A - parece nome de margarina, não é mesmo?; O segundo, por só ter uma publicação, a bíblia, e o MEC quer que o professor publique e muito, todos os anos. Coitado do Cervantes se fosse professor da Universidade Brasileira, teria que publicar um “Dom Quixote”, a cada dois anos...).
“Doutores”, preocupados com provas, notas, chamadas, etc. etc., mas, esquecem o que ensinava o magnífico Paulo Freire: “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou sua construção... Quem ensina, aprende ao ensinar e quem aprende, ensina ao aprender”.
Portanto, ser professor é antes de tudo ser humilde - (Cristo, o mestre dos mestres, andou de jegue) – que não quer dizer subserviente-, mas sim, alguém capaz de aprender a aprender. “Quem se contamina com o vírus da auto-suficiência diminui a sua produção intelectual. Quem se embriaga com o orgulho está condenado a infantilidade emocional”.
Os romanos tanto sabiam disso - que o orgulho, a vaidade, a soberba eram sentimento extremamente danosos para os homens-, que quando um general retornava de uma dura batalha, com uma retumbante vitória, ele deixava o seu exército fora da cidade de Roma, subia numa biga (carro de combate com dois cavalos) e, dirigindo-se ao Senado, a cada quinhentas jardas, um escravo lhe soprava no ouvido: “lembra-te que és mortal!”... “lembra-te que és mortal!”...
Então é isso, caro leitor: mesmo com doutorado - e falando até japonês-, o homem nunca deixará de ser um cadáver adiado, como lembrava Fernando Pessoa.
Sorte minha – e mais ainda de Viviane -, ter o meu Lucas, para me ensinar que o buraco é mais em baixo.
Francisco Edilson Leite Pinto Junior
Professor, médico e escritor

terça-feira, 7 de setembro de 2010

CFM divulga dados sobre a concentração de médicos no Brasil

  Dados coletados entre 2000 e 2009 apontam uma média nacional de um médico para grupo de 578 habitantes, índice próximo a países como dos EUA  
     
  O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulga dados sobre a concentração de médicos no território nacional. O levantamento mostra que o número de profissionais aptos a atuar cresce em ritmo mais acelerado do que o da população - mas a distribuição está longe de ser uniforme. O anúncio marcou a comemoração do Dia Mundial da Saúde.

O levantamento, inédito, aponta que o déficit de médicos no interior não significa a falta de profissionais no país. Dados coletados entre 2000 e 2009 apontam uma média nacional de um médico para grupo de 578 habitantes, índice próximo a países como dos Estados Unidos, que é de um para 411 pessoas.

O 1º secretário do CFM e responsável pela coleta das informações, Desiré Carlos Callegari, defende melhores políticas públicas para a interiorização do profissional. "Não adianta utilizar o mecanismo de revalidação automática do diploma para interiorizar o médico. Nada garante que este profissional não irá recorrer às capitais para se especializar", aponta Desiré. O diretor também avalia como desnecessária a abertura indiscriminada das escolas médicas. O Brasil possui hoje 181 escolas médicas, sendo que, dessas, 100 foram instaladas na última década. "Observamos que a qualidade do ensino tem caído neste período".

Aumento de profissionais

Entre 2000 e 2009, a quantidade de médicos aumentou 27% - de 260.216 para 330.825. No mesmo intervalo de tempo, a população brasileira cresceu aproximadamente 12% - de 171.279.882 para 191.480.630, segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2000, havia no país um médico para cada grupo de 658 habitantes; em 2009, a situação passou a ser de um médico para 578 habitantes.

O número de médicos não é o único indicador da adequação da oferta desses profissionais - para se fazer esse tipo de avaliação é preciso que se considerem variações regionais, sociais e econômicas. Mas o número é um indicador importante. Entre os países que possuem elevados índices de desenvolvimento humano (IDH), há menos habitantes por médico. A tendência é de que o IDH seja mais baixo nos países onde há mais habitantes por médico.

O levantamento do Conselho Federal de Medicina foi feito com base no endereço de correspondência informado pelos profissionais nos Conselhos Regionais de Medicina do país.


Entre as regiões, Norte e Nordeste têm menor concentração de médicos

A distribuição de médicos por habitantes é heterogênea no território nacional. Na região Norte, há um médico para cada grupo de 1.130 habitantes. São 13.582 profissionais aptos a atuar, registrados primariamente em conselhos de medicina da região. Já na região Sul, são 509 habitantes por médico.

A região Sudeste concentra 42% da população do país e 55% dos médicos. São 439 habitantes por profissional. No Centro-Oeste, há um médico para cada grupo de 590 habitantes. No Nordeste, um para cada grupo de 894. Em São Paulo estão concentrados 30% dos médicos; o estado abriga 21% da população brasileira.

Se consideradas as inscrições primárias e secundárias efetuadas em conselhos de medicina da região Norte, por exemplo, o número de habitantes por médico passa a ser de 1.000; na região Sul, também consideradas ambos os grupos de inscrição, são 476 habitantes por médico. A inscrição primária é o primeiro registro feito pelo médico em um conselho regional, a secundária é o registro que o médico faz em outros conselhos (diferentes que o daquele de origem) permitindo sua atuação profissional naquela unidade da federação.

Para Desiré Callegari, o médico não precisa "ganhar muito, precisa ser valorizado e ter condições de trabalho". Para isso, defende como política de interiorização eficaz a criação de uma carreira de Estado para os profissionais e a implantação de planos de cargos, carreiras e vencimentos.

O CFM também considera fundamental que a estrutura e os recursos tecnológicos da saúde sejam aperfeiçoados, principalmente no interior dos estados. "Não dá para fazer medicina sem investimento. O médico precisa ao menos de uma estrutura básica para atender adequadamente a população", ressaltou Desiré.


Em algumas localidades, índices são europeus

A capital do estado de São Paulo possui um médico para cada grupo de 239 habitantes, média superior à de países que possuem altos índices de desenvolvido humano. Alemanha, Bélgica e Suíça, por exemplo, possuem um médico em atividade para cada grupo de 285, 248 e 259 habitantes, respectivamente.

Se considerada a densidade de médicos em todo o estado de São Paulo, a média é próxima da dos Estados Unidos: 413 habitantes por profissional em São Paulo; 411 por um nos Estados Unidos. No Distrito Federal, há um médico para 297 habitantes, melhor média entre as unidades da federação.

Em outras localidades, índices são africanos: no interior do Amazonas há um médico para cada grupo de 8.944 habitantes; em Roraima, um para 10.306

O acesso a profissionais da medicina é ainda mais desigual quando comparados os números de capitais e regiões do interior. De acordo com dados extraídos do Sistema Integrado de Entidades Médicas em março de 2010, há no estado do Acre 575 médicos aptos a atuar - 74% (427) deles residem na capital, Rio Branco, cidade que conta com um médico para cada grupo de 716 habitantes; os outros 21 municípios do estado dividem entre si 119 médicos, o que resulta na média de um médico para 3.236 habitantes.

Há casos de desigualdade ainda mais acentuada. No Amazonas, 88% (3.024) dos profissionais estão em Manaus, cidade que tem um médico para 574 habitantes. Os municípios do interior ficam com um médico para cada grupo de 8.944 habitantes. Em Roraima, são 10.306 habitantes por médico em cidades do interior. Há apenas 15 profissionais domiciliados fora da capital.

Na região Sudeste, a mais desenvolvida do país, a distribuição de médicos entre capitais e interiores é menos aguda. Em Minas Gerais, por exemplo, a média é de um médico para 587 habitantes; em Belo Horizonte, são 172 habitantes por médico; no interior, um para 926.

O estado de São Paulo registra um médico para 413 habitantes; a capital, um profissional para 239 pessoas; os municípios do interior do estado contam com um médico para cada grupo de 640 habitantes.


Número de mulheres é maior entre os novos profissionais

De 2000 a 2009, a proporção de profissionais do sexo feminino no universo de médicos registrados no Brasil subiu 4 pontos percentuais - de 35,5% para 39%, o que indica uma tendência de feminilização da profissão. Essa tendência fica mais evidente quando se comparam os ritmos de crescimento no universo de cada gênero: o número de médicas aumentou 39,8% no período; o de médicos, 20,1%.


CFM avalia que não faltam médicos no Brasil

A posição do Conselho Federal de Medicina diante das informações reveladas pelo levantamento é de que não há escassez de médicos no país. O que há, sim, é uma má distribuição dos profissionais pelo território nacional.

Para contornar essa situação, o CFM defende a adoção de eficazes políticas de interiorização do trabalho médico. A criação de uma carreira de Estado para os profissionais e a implantação de planos de cargos, carreiras e vencimentos são medidas defendidas pelo Conselho.

Além disso, o CFM considera fundamental que os sistemas de assistência à saúde sejam aperfeiçoados, principalmente no interior dos estados.


Fonte: CFM

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Seleção de novos membros da Liga Acadêmica de Neurocirurgia do Rio Grande do Norte - LANCRN

O CANECA vem divulgar a abertura de 9 vagas para a entrada de novos membros na Liga Acadêmica de Neurocirurgia do Rio Grande do Norte - LANCRN. Os interessados devem enviar e-mail confirmando interesse para lanufrn@gmail.com no período de 05 a 10 de Setembro. Caso o número de interessados ultrapasse o número de vagas abertas, haverá seleção.
A LANCRN informa ainda que suas reuniões ocorrem nas sextas a partir das 11:30.

Coordenador Docente da LANCRN: Dr. Ródio Luís Brandão Câmara
Coordenadores Discentes da LANCRN: Acd. Thailane Márie Feitosa Chaves (5o período) e Acd. Juliano José da Silva (7o período).


Att,
Centro Acadêmico de Medicina Nelson Chaves
CANECA