domingo, 17 de agosto de 2008

Comunicação oficial do CANECA sobre os problemas do internato




O Centro Acadêmico de Medicina Nelson Chaves, conforme discutido em reunião ordinária do dia 14 de agosto, vem manifestar-se a respeito dos graves problemas referentes ao estágio supervisionado (internato) do curso médico da UFRN. Dentre os problemas mais gerais e constantes destacamos:

*Professores ausentes em grande parte das atividades, sejam práticas ou teóricas, dificultando o processo de preceptoria e a supervisão do estágio;
*Em conseqüência do primeiro fato, muitas vezes os médicos residentes acabam fazendo o papel de preceptores, sendo que alguns além de não estarem preparados para tal não querem realizar tal atividade, ficando por vezes os doutorandos desassistidos;
*Quando neste momento as atividades deveriam ser principalmente voltadas para a prática, alguns estágios têm predominantemente atividades teóricas;
*Como no restante do curso, no internato há grande deficiência no treinamento em atenção básica à saúde e medicina de urgência e emergência;
*Ressalta-se ainda a deficiência na área cirúrgica, principalmente nos procedimentos mais básicos;
*Os doutorandos são preteridos em relação aos residentes, tendo que acompanhar muitas vezes as discussões da especialização sem momentos acadêmicos próprios, o que vai em sentido contrário à proposta do curso médico de formação de profissionais generalistas;
*Poucas atividades ambulatoriais de clínica médica;
*Todas estas dificuldades são mais acentuadas no Hospital Universitário Onofre Lopes;
*Dificuldades com os convênios e a preceptoria em outras unidades de saúde como o Hospital Walfredo Gurgel;
É importante ressaltar que tais problemas não estão presentes em todos os estágios, mas têm-se feito regra em estágios de suma importância para a prática médica, notadamente os de medicina clínica, medicina integrada e cirurgia, perfazendo metade da carga horário do internato.
O CANECA vem então demandar providências para que um dos momentos mais relevantes do curso médico não seja negligenciado da forma como está por docentes e discentes, esvaziando-se de sua devida importância.